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Estudantes realizaram protesto hoje em Campina Grande
29-08-2012 | 15:18:52 |
Estudantes das redes pública e privada de Campina Grande, além de professores, diretores, coordenadores e universitários, se concentraram hoje na Praça da Bandeira, por volta das 12h30m, para reivindicar mudanças no vestibular da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O movimento, batizado de "Educação Justa", nasceu nas redes sociais e já conta com mais de 4.500 integrantes. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Campina Grande (Sinepec), apoia o movimento, que é contra a utilização exclusiva da nota do Enem no processo seletivo da universidade, como vem acontecendo há dois anos.
De acordo com o Sinepec, o "Educação Justa" surgiu através de discussões no Facebook e é composto, em sua maioria, por estudantes das redes públicas e privadas. Os líderes alegam que o atual sistema gera concorrências altíssimas e baixos índices de confirmação de matrículas. Segundo os representantes do movimento, um exemplo claro desta distorção é o curso de medicina, que apesar de ter apresentado concorrência de 110 alunos por vaga, iniciou o ano com as turmas incompletas. Conforme os estudantes, este fato se repete em vários cursos, porque a UFCG transformou-se na terceira opção de todos os alunos que aderem ao SISU.
Em carta aberta enviada no última dia 15 de agosto ao reitor da UFCG, o professor Thompson Mariz, o movimento fala que toda universidade deve prestar-se à avaliação de concorrência em igual mérito, valorizando o esforço de cada estudante. Maiores informações sobre o protesto podem ser vistas nas páginas: facebook.com/groups/educacaojusta e twitter.com/educacaojusta.
Reitor
O reitor Thompson Mariz disse que não foi informado sobre a manifestação e completou que é contrário à mudanças no processo seletivo da UFCG. "Sou absolutamente contrário a qualquer mudança no vestibular. Respeito a manifestação, mas ressalto que o processo vestibular é definido por uma câmara superior, composta pro professores e universitários, respeitando os melhores critérios para avaliação", afirmou.
Para o professor Paulo Loureiro, presidente do SINEPEC, o tema sugerido pelo movimento é importante de ser discutido. "Apesar de não dispormos de dados que confirmem os números apresentados pelos estudantes, acho importante que o tema seja debatido pela comunidade universitária. Observamos que no ano passado foram realizadas 17 chamadas e que muitos alunos de Campina Grande foram prejudicados, pois alunos de outros estados fizeram inscrição, foram aprovados e não confirmaram matrícula em tempo hábil a que os alunos da terra cursassem o primeiro período", enfatizou.
Fonte: Fernanda Moura, do Jornal Correio da Paraíba. |
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