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Escolas de Campina já informam aos pais rendimentos dos alunos
12-08-2009 | 13:46:59 |
Uma alteração no Artigo 12 da Lei nº 9.394, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira deve mudar a relação entre escolas e pais de alunos e melhorar o acompanhamento da família em relação à vida escolar das crianças e adolescentes. O novo parágrafo no artigo 12 determina às instituições de ensino, públicas ou privadas, a obrigatoriedade do envio de informações escolares aos pais, conviventes ou não com seus filhos, e responsáveis, sobre a frequência e rendimento escolar do aluno, além da execução de proposta pedagógica da escola.
A medida já está sendo alvo de estudos por gestores de Educação em Campina Grande e foi vista positivamente também pelos pais de alunos. Segundo o secretário de Educação do município, professor Flávio Romero, a medida é muito positiva, uma vez que garante uma participação mais efetiva da família. “Inclusive veio para garantir até que os pais separados possam ter mais informações sobre seus filhos. Na rede municipal a participação é mais efetiva, já que muitos pais fazem parte do Conselho Escolar, mas a publicação dessa alteração foi positiva e vejo isso como um avanço”, comentou.
Flávio disse ainda que as escolas e creches de Campina Grande já fazem isso, informalmente, nas reuniões pedagógicas com os pais, mas agora a secretaria vai definir um projeto de sistematização da divulgação dessas informações. “Nós já temos a prática de fazer reuniões periódicas com os pais, mas agora vamos nos debruçar sobre a viabilização da divulgação dessas informações de maneira formal. A partir de agora teremos que aprovar diretrizes de divulgação e a sanção da lei é um avanço”, frisou.
Diretores e coordenadores de escolas particulares da cidade também aprovaram a medida. Algumas inclusive se anteciparam e já tentam trabalhar diretamente com esse contato com os pais, buscando ampliar a participação dos responsáveis no acompanhamento das atividades desenvolvidas pela escola. “Os pais precisam estar presentes, independente de morarem ou não com seus filhos, e nós temos esse cuidado para disponibilizar todas essas informações, inclusive online, para que todos tenham conhecimento e acompanhem. Com a obrigatoriedade, esperamos que todos priorizem esse contato”, disse Cassandra Amorim, coordenadora pedagógica da escola Cacildiva.
Para o diretor do Colégio Motiva, Stellio Mendes, não é possível formar um ser humano sem parceria entre escola e família, ressaltando que a preocupação é constante. “Os pais devem priorizar e ter como obrigação o acompanhamento da vida escolar dos filhos. Nós temos esse cuidado, ligamos para os alunos faltosos, agendamos atendimentos com os pais, mas a gente vê com estranheza precisar de uma lei para garantir essa obrigação, mas é muito positivo e esperamos que seja cumprido efetivamente”, avaliou o diretor.
Os pais também viram com bons olhos a mudança, que é fundamental para o desenvolvimento intelectual e moral dos filhos. “É fundamental que a família participe, pois o papel da escola é educar, é ensinar, é formar cidadão, e a família entra com a educação doméstica, uma completa a outra. No Ensino Fundamental I, os alunos ainda não têm poder de decisão, então os pais precisam participar para saber sobre a situação escolar do filho. É uma parceria fundamental, um sem o outro não funciona”, falou Sônia Maria Brito, mãe de Carolina Araújo Brito, de 14 anos, aluna do 1° ano médio do Motiva. |
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