Inadimplência nas escolas de CG soma 30%
29-07-2009 | 15:24:36
A inadimplência continua sendo um problema para as escolas da rede particular de ensino em Campina Grande. Conforme dados do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do município (Sinepec), apenas este ano, dos cerca de 15 mil alunos matriculados na cidade, aproximadamente 30% estão com mensalidades atrasadas, o equivalente a mais de quatro mil alunos.
Com a chegada do segundo semestre e a volta às aulas, realizada ontem, a entidade reivindica pela mudança na legislação que direciona a relação entre a escola particular e família. Segundo o presidente da entidade, o professor Paulo Loureiro, “a constituição brasileira aponta que não pode haver cancelamento do contrato de alunos, durante o ano letivo, devido à inadimplência, e os pais se protegem nisso, não colocando a escola como prioridade no orçamento familiar”, frisou.
Segundo ele, o cancelamento do contrato deveria acontecer antes do final do ano. “O ideal seria que após o recesso do meio do ano, os alunos com mensalidades atrasadas tivessem o seu contrato cancelado, para que os pais encontrassem uma solução rápida”, ressaltou. Segundo ele, as escolas tem compromissos. “Uma grande escola da cidade, que não posso citar o nome, possui 98 alunos que só efetuaram o pagamento da matrícula, este ano. Isso não pode acontecer! Nós temos compromissos a cumprir, como os pagamentos dos professores, no final do mês”, ressaltou.
Ele aconselha que o pais inadimplentes procurem as escolas para negociarem as mensalidades atrasadas. “Para que eles não cheguem no final do ano, com um montante de dívidas que não possam pagar, é melhor procurar a escola o mais rápido possível e negociar novas formas de pagamento”, frisou. Ele disse que colégios já fecharam na cidade por conta de situações semelhantes. “Posso citar o Pio XI e o Cepuc, que fecharam porque não conseguiram passar por problemas financeiros, causados, em sua maioria, pela inadimplência”, ressaltou.
Para a professora Isabelle Pires, moradora do bairro do Catolé, que possui dois filhos matriculados em escolas particulares de Campina Grande, a reivindicação do sindicato é correta. “É necessário que essa legislação seja modificada para que os pais fiquem atentos, afinal de contas, quando fazem as matrículas dos filhos em escolas particulares, eles sabem que tem uma quantia a ser paga no final do mês. É melhor matricularem em escolas públicas”, destacou. O Sinepec informou que as entidades nacionais responsáveis pela categoria das escolas particulares reconhecem essa necessidade e existem articulações com o Congresso Nacional para uma possível discussão sobre a lei que regimenta a relação entre escola, particular e família.
 
 
 
 
 
 
 
SINEPEC - Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Campina Grande
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