Inadimplência é problema para as escolas
24-07-2009 | 17:14:30
Entra ano e sai ano e o problema é o mesmo. A inadimplência nas escolas da rede particular de ensino de Campina Grande ainda é alta. De acordo com o sindicato das escolas particulares da cidade, a inadimplência geral ultrapassa os 6%. Entretanto, em algumas escolas, esse percentual chega a ser alarmante, ficando acima dos 25%. No meio do ano, boa parte das famílias com filhos matriculados na rede particular tem pelo menos três mensalidades em atraso, o que já acarreta em problemas no fluxo de caixa dos educandários.

Outras famílias fizeram pior. Apenas pagaram a mensalidade em dezembro e janeiro por ocasião da renovação das matrículas e desapareceram. Por conta do atraso na mensalidade, essas famílias, segundo o presidente do sindicato Paulo Loureiro, deixaram o problema virar uma bola de neve para os donos das escolas. Isso porque, eles têm que se virar para não atrasar os salários dos professores e ainda cumprirem as outras obrigações.

O sindicato culpa a legislação pelo elevado índice de inadimplência. Completando 15 anos, a legislação que nasceu com o Plano Real, impede as escolas de suspender a prestação de serviços dos inadimplentes. "Nós entendemos que essa legislação é muito frouxa. O que possibilita o pai pagar a sua matrícula no mês de janeiro e passar os 11 meses sem cumprir com as suas obrigações financeiras para com as escolas" observou o professor Paulo Loureiro.
Paulo Loureiro adiantou que Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), que representa as escolas particulares em nível nacional, já reivindica a possibilidade de rompimento de contrato dos inadimplentes no meio do ano. "O que a Confenen reivindica seria a possibilidade de rescindir o contrato dos inadimplentes no meio do ano considerando que não haveria prejuízo pedagógico maior para o aluno, e ao mesmo tempo as famílias teriam maior responsabilidade perante o seu compromisso com a escola", observou.

Para essa medida ser colocada em prática, segundo Paulo Loureiro, seria necessário uma modificação na legislação federal que rege a relação entre escola e família. Por conta do elevado índice de inadimplentes, muitas escolas enfrentam extrema dificuldade para funcionar. Além do mais, escolas tradicionais de Campina Grande como o Pio XI, CPUC, Colégio Santa Bernardete, entre outras, não suportaram a crise e fecharam as portas. "As escolas passam por dificuldade por conta dessa alta inadimplência, que eu chamo de calote", observou. O professor ressaltou que esse problema não é novo. Assim, muitas escolas já vêm se reestruturando para adaptar-se a realidade.
 
 
 
 
 
 
 
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